02 - Atividades avaliativas (B1)

Atividade Avaliativa – 1º Bimestre de 2017.1

·         Entrega da atividade: 27/03/2017
·         Formação de grupos: máximo 6 integrantes
·         Notas:
·         Parte escrita – nota do grupo: 1,5
·         Prova Oral – nota individual:   1,5
·         Total:                                    3,0

01) Maria trabalhava para a empresa ABC Ltda. e no dia 30/10/2015 foi dispensada sem justa causa, mediante aviso prévio indenizado. Em 30/11/2015 Maria descobriu que se encontra grávida estando há cerca de 20 dias. Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da Empresa ABC Ltda postulando a reintegração no emprego ou indenização equivalente em razão da estabilidade provisória decorrente do seu estado gravídico. O sócio da empresa ABC, querendo evitar o prosseguimento da ação, realizou proposta de conciliação, por ocasião da audiência ocorrida em 20/01/2016, o que foi aceito por Maria, tendo sido homologado o acordo e extinto o processo com julgamento do mérito (artigo 269, III do Código de Processo Civil). Em 1º/02/2016 Maria, ainda grávida, celebrou novo contrato de trabalho, com a empresa XYZ S/A, sob a modalidade de contrato de experiência, vindo, contudo, a ser dispensada após transcorrido o prazo de 90 dias.  Pergunta-se: a) Caso a empresa ABC não tivesse realizado o acordo, Maria teria direito à reintegração no emprego ou indenização equivalente, por conta do estado gravídico em que se encontrava? b) Em relação à empresa XYZ, Maria, que ainda se encontra grávida, teria êxito caso postulasse pedido de reintegração ou indenização equivalente? 

02) José foi contratado pela Empresa Bola Sete Ltda., na função de auxiliar de serviços gerais, em 4 de maio de 2015. No dia 4 de outubro de 2015, José pediu demissão da empresa, alegando ter recebido de outra empresa uma proposta de trabalho mais vantajosa. Considerando que José não completou um ano de trabalho na empresa, deve receber na rescisão do contrato de trabalho, algum valor a título de férias? Justifique a sua resposta.

03) Em ação trabalhista ajuizada em face da empresa Brasileira Ltda., Antônio, que trabalhava como gerente de vendas, em Recife, desde a sua admissão, em 2009, formulou pedido de equiparação salarial, indicando como paradigma o Sr. João, também gerente de vendas da empresa, desde o ano de 2015, na cidade de Salvador. Nessa situação, o pedido formulado por Antônio é devido? Fundamente a sua resposta.

04) Cláudio ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Delta, requerendo créditos de natureza indenizatória e salarial. À ocasião da audiência inaugural, foi homologado acordo, tendo sido fixadas verbas exclusivamente de natureza indenizatória, sem nenhuma incidência previdenciária sobre o crédito acordado. Em face dessa situação hipotética, responda, de forma fundamentada, às seguintes indagações.  Caso o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entendesse devidas contribuições previdenciárias sobre o acordo, que remédio jurídico seria cabível?  De que prazo o INSS dispõe para tanto?

05) Julge as proposições abaixo, de acordo com a legislação, doutrina e jurisprudência sumulada trabalhista, indicando se estão corretas ou não, dando a devida fundamentação (não superior a 3 linhas cada):
  1. Em caso de aviso prévio trabalhado, a jornada de trabalho do empregado deve ser reduzida em duas horas diárias ou o empregador deve liberar o empregado do trabalho por sete dias seguidos. No entanto, é cabível a negociação entre as partes para substituição do período de jornada reduzida pelo pagamento das horas correspondentes.
  2. Uma vez ultrapassada rotineiramente a jornada de trabalho habitual de seis horas, há entendimento sumulado no sentido de que é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, o que obriga o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruída como extra, acrescido do respectivo adicional.
  3. O horário de trabalho de João está distribuído em turnos para cobrir todo o período de atividade da empresa onde ele trabalha, que funciona ininterruptamente. João integra equipe de trabalho sujeita a sistema de revezamento, com alternância, para cada empregado, de jornadas diurnas e noturnas. Nessa situação hipotética, considerando-se que a jornada máxima para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de acordo com a Constituição Federal, é de seis horas diárias, caso João trabalhe oito horas por dia, será necessário um acordo escrito de compensação de jornada, sob pena de o empregador ter de lhe pagar duas horas extras diárias.
  4. A jornada excedida além da oitava hora trabalhada, em cada dia, deve ser remunerada com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, exceto quando houver compensação de jornada determinada pelo empregador.
  5. Um empregado contratado em 2 de janeiro de 2012 foi dispensado sem justa causa em 28 de junho de 2015, com aviso prévio indenizado, havendo gozado apenas um período de férias de trinta dias em março de 2013, remuneradas de acordo com a legislação. Considerando essa situação, pode-se dizer que o período de férias proporcionais corresponde a sete doze avos.
  6. As faltas cometidas por empregado em decorrência de acidente de trabalho não são consideradas para fins de concessão de férias e de gratificação natalina, salvo se o trabalhador tiver percebido auxílio-doença ou prestação de acidente de trabalho durante seis meses, ainda que de forma descontínua.
  7. O abono pecuniário de férias não integra a remuneração do empregado para os efeitos da legislação trabalhista, desde que não exceda vinte dias de salário.
  8. Considere que Jacinto esteja sujeito ao turno ininterrupto de revezamento e tenha trabalhado das 16 horas às 22 horas do sábado e retornado ao trabalho na segunda-feira seguinte para cumprir jornada das 6 horas às 12 horas. Nessa situação, Jacinto não tem direito ao pagamento de hora extra.
  9. Empresa prestadora de serviços na área de vigilância observa a escala de horários de 12 × 36 prevista em acordo coletivo de trabalho, sem a concessão dos intervalos intrajornadas mínimos previstos em lei, conforme autorização expressa contida no referido acordo coletivo. Considerando essa situação, julgue os itens subsequentes de acordo com a jurisprudência atual do TST. Nesse caso, O intervalo intrajornada constitui medida de segurança, saúde e higiene no trabalho, não podendo ser eliminado ou reduzido sequer por acordo coletivo de trabalho. O período destinado ao intervalo deve ser remunerado com o acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal e possui natureza salarial.